quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

DIÁRIO DE BORDO N.3

Desde a última vez que escrevi muita coisa aconteceu em tão curto tempo. Sem abandonar por completo a idéia de performances, readequamos nossas expectativas sobre o projeto, sistematizando de forma mais objetiva e prática o que de fato pretendemos estudar.
Assim, Giordano propôs um jogo para acelerar a energia criativa. E jogaram todos, Lucas, Pedro Wagner, Vilela, Giordano. Eu fiz a mediação.
JOGO: no mínimo 3 pessoas jogam, são desenhados 3 quadrados no chão (dois menores e um maior, também esse número pode aumentar em função da quantidade de jogadores), os espaços menores são para os monólogos, no maior acontece o diálogo. Um mediador fica encarregado de comandar a trilha sonora, dando o start para os improvisos ao abaixar o som. Quando isso acontece, os atores, que estavam circulando no espaço em volta dos quadrados, devem escolher um quadrado e entrar. Se for um espaço de monologar os outros jogadores observam. Se alguém entra no espaço de dialogar logo outra pessoa deve entrar também. Os diálogos e monólogos podem acontecer simultaneamente.
A intenção é trabalhar, através do improviso, as impressões sobre as fotos e por meio das cenas repentinas construir uma dramaturgia.
Aplicamos duas vezes o jogo, é impressionante o quanto podemos criar. Nenhuma cena se repetiu, apesar de algumas vezes parecerem continuações de outra ou de girarem em torno de uma mesma temática.
Conseguimos um material bom para estruturar a dramaturgia e Giordano conseguiu adaptar as cenas que surgiram em um texto muito consistente.
O próximo passo agora é estudar o texto e definir proposta de encenação para compartilharmos o resultado da pesquisa de fevereiro.
Thaysa Zooby

2 comentários:

  1. Oi, Thaysa! Muito interessante essa proposta para construção de dramaturgia. Na verdade, me parece que pode ir além do levantamento de "textos e ações", na verdade a própria descrição feita por você já parece ser a encenação....eu fiquei aqui imaginando isso enquanto cena...(risos).
    Me lembrou um exercício conhecido como "tapete" que também tem foco em improviso, na criação de situações e que alguams pessoas dizem que é uma proposta do Peter Brook.
    Acho esse lugar do inesperado, da surpresa e do risco muito potente para a criação...é bom não saber como o outro vai reagir...como você vai reagir ao outro...Na sua descrição parece que as justaposições de situações são bem interessantes também.
    Acho que vamos querer experimentar por aqui também....
    Abração

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  2. E ver os meninos jogando foi muito interessante. Perceber como às vezes (de fato muitas vezes) a sequência das músicas encaixava perfeitamente com os improvisos. Foi bonito vê-los tão leves em cena.

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