sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Demonstração N°1


Demonstração N°1 (apresentação + debate)

Teatro Joaquim Cardozo

01 Março de 2011

Às 19:30

Entrada Gratuita

Realização: Grupo Magiluth

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

DIÁRIO DE BORDO N.3

Desde a última vez que escrevi muita coisa aconteceu em tão curto tempo. Sem abandonar por completo a idéia de performances, readequamos nossas expectativas sobre o projeto, sistematizando de forma mais objetiva e prática o que de fato pretendemos estudar.
Assim, Giordano propôs um jogo para acelerar a energia criativa. E jogaram todos, Lucas, Pedro Wagner, Vilela, Giordano. Eu fiz a mediação.
JOGO: no mínimo 3 pessoas jogam, são desenhados 3 quadrados no chão (dois menores e um maior, também esse número pode aumentar em função da quantidade de jogadores), os espaços menores são para os monólogos, no maior acontece o diálogo. Um mediador fica encarregado de comandar a trilha sonora, dando o start para os improvisos ao abaixar o som. Quando isso acontece, os atores, que estavam circulando no espaço em volta dos quadrados, devem escolher um quadrado e entrar. Se for um espaço de monologar os outros jogadores observam. Se alguém entra no espaço de dialogar logo outra pessoa deve entrar também. Os diálogos e monólogos podem acontecer simultaneamente.
A intenção é trabalhar, através do improviso, as impressões sobre as fotos e por meio das cenas repentinas construir uma dramaturgia.
Aplicamos duas vezes o jogo, é impressionante o quanto podemos criar. Nenhuma cena se repetiu, apesar de algumas vezes parecerem continuações de outra ou de girarem em torno de uma mesma temática.
Conseguimos um material bom para estruturar a dramaturgia e Giordano conseguiu adaptar as cenas que surgiram em um texto muito consistente.
O próximo passo agora é estudar o texto e definir proposta de encenação para compartilharmos o resultado da pesquisa de fevereiro.
Thaysa Zooby

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Criando!

 Lisbeth Rios - Teatro Do Concreto


A dramaturga já entregou a primeira proposta de canovaccio que partiu dos workshops que foram apresentadas na semana passada, na qual se juntam as sensações que o grupo trouxe a partir da observação das fotos. A espectativa é grande, pois criar a partir das imagens é un desafio muito louco ( pelo menos para mim).

Aonde irá parar o barco que não pode estar ali, ou o trabalhador que cedo sai para limpar o que também não deveria estar ali, ou a janela que está, mas talvez ninguém está detrás dela?

O quê vira? Só no decorrer dos mergulhos saberemos. Por enquanto, embarcamos numa deliciosa aventura para adentrar nas correntes desses pensamentos.


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pupila dilatando

Por Micheli Santini - Teatro do Concreto
 Roteiro do 1º dia de criação
-Criar com o seu corpo no espaço uma imagem a partir da sua primeira impressão sobre as fotos (em dupla e trio, sem comunicação verbal)    
 *respingos do improviso: balanço das ondas, ouvido na concha, janelas, pedras rolando
-Escrever três palavras para cada imagem, depois associar para cada uma um verbo
- Esquenta com pic-pega
 - Experimentar os verbos no corpo, criar ações, partituras, estados a partir dos verbos relacionados.
*respingos: sopro do navio, quase tocar, costurar
- Selecionar sete ações e mostrar
*respingo: Polícia Militar invadindo a praça do Conic que fica atras da sede onde estavamos ensaiando, correria dos(a) meninos(a) que estavam aspirando crack, correria dos(a) meninos(a) que estavam aspirando teatro, susto, fumaça, tiro. PM permanece na praça por um longo tempo evitando ambas aspirações.... Polícia sai, continuamos daqui, continuam de lá; ou continuamos lá e continuam daqui...      
- Produzir uma foto coletiva a partir das ações individuais
- Cada um criar uma frase e cantar uma canção a partir da foto que mais lhe chamou atenção
-Leitura das imagens: decupar cada foto, falar sobre cada detalhe, sensações, associações...
-Fechamento do ensaio e para o próximo criar uma cena inspirada em uma foto, a cena deve ter dimensão de depoimento pessoal e o corpo tem que ser suporte de algum acontecimento.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Concreto a todo vapor -Primeiras Cenas

Gleide Firmino - Teatro do Concreto

Quinta feira passada, demos início a presentação das primeiras cenas propostas, a partir das imagens que recebemos de Recife. Nos dividimos em dois grupos e cada um escolheu uma imagem para ser trabalhada. Apareceram duas cenas muito interessantes e com atmosferas bem diferentes uma da outra, porém permaneceram presentes alguns elementos, que percebemos estarem aparecendo constantemente nas  improvisações como barulho de vento, água, ondas batendo na praia etc. (Vejam imagens já postadas) o Francis já fez  intervenções por parte da direção, a partir do que as cenas haviam passado a ele. Realizamos também um exercício proposto pela Micheli, que está responsável pela dramaturgia. Ela pediu para que cada um de nós escolhesse a foto que mais nos provocava, e a partir dai elaborássemos uma história como numa tempestade de ideias. Alguns de nós escolhemos a mesma foto porém, elaboramos histórias diferentes para ela. A Micheli utilizou os textos tragos nas primeiras cenas, e também as histórias criadas individualmente a partir do exercício da foto, para criar a primeira estrutura de Roteiro que leremos hoje e levantaremos esta semana.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Recife, sexta-feira 11 de Fevereiro.

Depois do atraso de Giordano (que costuma atrasar às vezes, não é mesmo, minha gente?), recebemos de recompensa sua disposição ao trabalho e assim o mesmo começou propondo uma tempestade de idéias em cima das fotos enviada pelo pessoal do Concreto. O jogo foi o seguinte: nós teríamos 5 minutos para escrever o que viesse a mente sobre determinada foto, sem frear os pensamentos, deixar vir e escrever do jeito que chegarem. Feito isso agora é ler em voz alta os escritos uns dos outros. A conversa surgiu naturalmente acerca do sentimento que unia as imagens e os textos.
 Rodoviária, horizonte, pisos de cerâmica, lugares e não lugares, lugares de passagem, filas de espera, de expectativa, de esperança.
Como colocar de pé essas palavras, como escrevê-las de forma cênica? Talvez por serem tão fragmentados (todos os textos) fossem mais bem trabalhados como performances, uma aposta delas, com o objetivo de trabalhar as sensações das fotografias em outros locais. As equipes são: cada um por si, Giordano, Vilela e Pedro. Hoje o dever de casa é estudar mais sobre performances, a pauta da próxima reunião é estabelecer as regras da experimentação e discutir as ações individuais.

Meu não-lugar hoje é expectativa para ver o que vem por aí.

Thaysa Zooby.

Tentando nos perceber na Manguetown. 08/02/2011


Anos depois dos mangueboys manifestarem sua visão arrecifense, aqui estamos nós, na mesma cidade, talvez no mesmo local, discutindo acerca das mesmas coisas.
Mas numa circunstância bem diferente, se naqueles anos as pessoas se juntavam a escrever manifestos que as representassem, hoje os coletivos são individuais, vários conjuntos unitários de pessoas com seus pensamentos escritos em postagens para o mundo virtual.

Estou longe de questionar se aquele tempo era melhor ou pior, ou longe de querer questionar qualquer coisa, ou mesmo de responder questões.

Apenas urubuservando (= observando) da janela o que os caranguejos com cérebro nos têm reservado para hoje, tentando decifrar qual será nosso prato do dia. Eles conseguiram o que almejavam, quiçá. Estão sentados a direcionar os ventos culturais do estado.

E nós também sentados, a admirar uma placa proibitiva fincada na lama.
‘na beira do rio esperando a sujeira passar’ (Eddie)

Obs.: Nosso pê-efe hoje foi ler o Manifesto Mangue, ‘que eu me organizando posso desorganizar’.
Obs.2: É contagioso usar essas gírias.
Thaysa Zooby

Janela de Gestão N° 1 - Grupo Magiluth

Como integrar as necessidades estéticas do grupo, as necessidades específicas de editais, leis de incentivo e patrocinadores diretos, além de manter o diálogo artístico com a cidade em que estamos inseridos?

Olhar (fotográfico) para o espaço urbano

Por Hugo Viana


Folha de Pernambuco 14/02/2011 - http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-programa/620670

O outro grupo pernambucano que foi contemplado foi o Magiluth, que vai trabalhar com a companhia Concreto (DF). Os coletivos também estão na fase inicial da pesquisa, pensando sobre as possibilidades do projeto que eles vão apresentar daqui a seis meses. A única certeza até agora é o interesse pela reflexão urbana, a vontade de olhar para a região metropolitana (do Recife e de Brasília) e perceber as formas como a Cidade se apresenta. “Ainda não sabemos exatamente o que vai ser o projeto, se vai ser uma pesquisa, uma performance, um documentário ou uma montagem. Mas decidimos que nosso objetivo é lançar um olhar sobre essas duas cidades”, comenta Giordano Castro, integrante do Magiluth.

Esse contato com a cidade será intermediado pela fotografia. “Vamos fotografar a cidade e colocar no blog as imagens produzidas por cada coletivo. Queremos o blog não como um arquivo, mas algo que tenha vida”, explica Giordano. Nesse breve contato visual, os integrantes do Magiluth já conseguem localizar certos vícios do olhar, enfatizados pela busca fotográfica pela identidade do Recife. “Já começamos a refletir sobre isso no blog. É tão comum andar na cidade e não enxergar coisas ou pessoas, então pensamos nas fotografias para ver como ela se mostra de verdade. Queremos a partir desse olhar expandir a visão das pessoas, olhar o Recife não como um belo quadro, uma cidade armorial, amarela e âmbar, mas olhar o cotidiano com uma lupa artística”, ressalta o ator. O endereço do blog é http://doconcretoaomangue.blogspot.com/.

Giordano acredita que ainda é cedo para revelar a problemática que essa pesquisa irá apontar. “É um projeto que vai se mostrar com o processo. Vamos ter encontros e também uma conversa com Luiz Fernando Marques, do grupo paulista XIX. A partir daí vamos dar um direcionamento, organizar mostras e performances dialogando com a cidade”, aponta Giordano.

O encontro entre o Magiluth e o Concreto aconteceu pela pro¬ximidade conceitual dos coletivos. “Nossa relação já tem um tempo. Eles nos convidaram quando fomos para Brasília para participar do primeiro Fórum de Teatro de Grupo do Distrito Federal, e desse encontro surgiu a vontade de fazer trabalhos juntos”, lembra Giordano. Para o trabalho em equipe, as duas companhias estabeleceram certas diretrizes para guiar esses seis meses de trabalho. “Pensamos numa janela de gestão, que é o espaço para o grupo trocar experiência. Por exemplo, eles nos enviam um problema, e nós temos que pensar numa resposta para solucionar, ou então a gente envia um desafio voltado a nossa vivência enquanto grupo, e eles respondem. Essa é a ideia desse projeto do Itaú, a articulação e o intercâmbio entre os grupos”, ressalta Giordano.

O Magiluth está em fase final do próximo espetáculo, “Gregório”, que estreia em abril. “Com esses dois projetos, estamos trabalhando das 8h da manhã até às 19h”, comenta o ator.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Novo processo, novos desafios...

Por Alonso Bento, Teatro do Concreto
 
Começar um novo processo sempre me deixa com frio na barriga, nas articulações, na mente...
Costumo levar algumas semanas pra me sentir mais próximo do que estou fazendo, dar vazão plena pra minha criatividade.
Neste processo a minha receita pessoal está seguindo os mesmos passos e eu soube disso ao fazer meu primeiro exercício com uma das fotos que os companheiros do Magiluth enviaram ao Concreto.

Escolhi trabalhar uma cena a partir de uma imagem muito forte enviada por eles. A imagem remetia a um gari em meio a uma grande massa de lixo (principalmente o lixo plástico). Tal imagem me provocou de um jeito que eu não consegui explicar aos meus companheiros durante o ensaio. Eu só sabia dizer que ela era forte e que me despertava sensações de sufocamento e de uma limpeza que nunca chegaria ao fim.
Tiive mais dois dias para pensar numa proposta e mesmo assim não consegui substituir as primeiras sensações por novos elementos.
Recorri então a um exercício adotado pelo grupo em muitos momentos de nossa criação, que é a realização de uma "imagem poétca", que consiste em criar uma imagem em movimento ou não, capaz de sintetizar vários elementos em sua execução.
Foi uma solução encontrada para converter meus anseios e dificuldades em algo criativo. Espero que meu trabalho não se desenvolva tão somente através de imagens, mas que com o tempo eu vá ganhando confiança e proximidade com o novo processo.

E vamos que vamos!!!!!!!! Primeira semana de trabalhos, concluída!

Céu de Brasília. Pequeno texto sobre a imagem do pôr do Sol

Gleide Firmino- Teatro do Concreto

Céu de Brasília. Céu azul claro, azul Bebê, azul Celeste que me abraça, me embala, me Acalma, céu que chove sem avisar, sem mandar recado, Céu que atrai meus Olhos como imã, que faz meus olhos choverem. Céu que emoldura essa beleza dourada, do pôr do sol de todas as tardes em seu horizonte infinito

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sobre olhar

Como pensar a cidade é algo que me instiga muito...Achei muito bacana a reflexão do Giordano sobre olhar Recife...fiquei pensando.... sobre o quanto olhamos e não vemos, o quanto passamos e não olhamos, o quanto corremos e nem sempre notamos...o quanto sentimos quando vemos....Quantas cidades existem na cidade? Quantos afetos nessa geografia?

“Como olhar quando tudo ficou indistinguível,
quando tudo parece a mesma coisa? ”
(Nelson Brissac Peixoto)
"De uma cidade, não aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas" (Italo Calvino)

Que a cidade se revele, que a gente se revele pela cidade...que a gente revele as cidades na gente....
abraços
Francis

Um Olhar sobre a cidade

Sobre o Janela de Criação N°1 por Giordano Castro - Grupo Magiluth 

Quem me conhece sabe o quanto gosto da minha cidade e como vez por outra eu falo da sua beleza. Essa beleza que se vê ao passar andando em uma de suas pontes, de cima de seus prédios ou até das janelas proibidas do centro cultural dos correios que escondem pro trás de suas fechaduras um lindo quadro vivo de Recife, quadros esses que tenho saudade desde o fim da temporada do Torto naquele local. Sentia saudade do Recife quando morei na Europa, saudade de apenas vê-lo... com tudo que ele pode nos proporcionar, cheiros, contrastes, desordem, desorganização... “Que eu desorganizando posso me organizar” cabe como uma luva pra cidade, não só essa frase, mas como tantas de CSNZ falaram.
No entanto nunca tinha me deparado com o exercício de fotografar a cidade, e confesso é assustador. É assustador vê como a cidade se mostra para as lentes, ela se transforma, se desenha diferente, como aparecem artistas em poses, personagens do cotidiano, é assustador como os nossos olhos estão cegos e não vê o quanto ela se mostra... estamos acostumados a ver o confortável, a correr de olhos fechados... mas existe um outro Recife!
Quanto nosso olhar vai poder mostrar pra você?

domingo, 6 de fevereiro de 2011

INICIAMOS!!!!

Enfim iniciamos o projeto ¨Do Concreto ao Mangue.... O que o seu olhar guardou para mim¨ com os amigos concretos de Brasília. A tecnologia se fez presente e ajustamos todos os pontos para realização de nossa pesquisa, através de uma animada conversa via web.
Vamos que vamos, na certeza que o processo de pesquisa será maravilhoso!
OBS: Nossa conversa houve um pequeno problema com o horário marcado, já que em Brasília vivencia-se o horário de verão e em Pernambuco, segundo dizem nossos políticos, não existe necessidade da contenção energética proporcionada pelo horário de verão. Na mesma noite, toda região nordeste enfrentou um terrível apagão energético, gerando caos em diversas cidades e enormes prejuízos financeiros para cidadãos! Isso aqui, ooo, é um pouquinho de Brasil, aiaaaa.....

Janela de Criação N°1 - Grupo Magiluth



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Janela de Criação- primeira vista Teatro do Concreto




Janela de gestão- case 1 Teatro do Concreto

“Dentro de um mesmo coletivo há formas diferentes de pulsar. O ritmo de cada integrante em planejar, buscar soluções e realizar tarefas é diferente. Por outro lado, existe também o ritmo do Grupo e suas demandas.Sendo assim, como perceber o ritmo de cada um e construir a identidade do Grupo? Como respeitar e investir nessa diversidade para se garantir a eficiência e a eficácia do Grupo?”

começando trabalhos!

Hoje iniciamos oficialmente os trabalhos do projeto rumos Itaú Cultural, juntamente com o grupo pernambucano Magiluth.
 Demoramos  um cadinho para fazer as conexões necessárias a fim de se dar a videoconferência, mas nada que pudesse atrapalhar os primeiros acertos entre os grupos.

Nos próximos meses desenvolveremos um trabalho de intercâmbio de provocações estéticas.

e agora uma fotinha pra gente lembrar do momento, risos


MUITA MERDA PRA GENTE!
EVOÉ!