segunda-feira, 4 de abril de 2011

DIÁRIO DE BORDO N.5 - Grupo Magiluth


Passada a demonstração pública pudemos relaxar um pouco até as novas imagens chegarem. Chegaram. Começamos como no primeiro começo: com um fluxograma. E dessa vez o que escrevemos tinha uma estrutura muito mais sólida, foi animador ler os textos após o exercício, tudo fluía bem, harmoniosamente, conseguíamos encontrar uma unidade na leitura das fotos. O coração se encheu de ansiedade por finalizar essa etapa e ver como ficava tudo pronto.  O próximo passo foi aplicarmos o jogo, um pouco reformulado, com dois novos espaços: a cegueira e a mentira, no primeiro os outros jogadores tinham que construir uma nova realidade para a pessoa que estivesse nesse espaço, no segundo, quem entrasse no quadrado da mentira era responsável por criar uma situação e contá-la como verdade.
Assim como no fluxograma o jogo foi estimulante (me contaram depois os meninos, eu estive viajando durante os dois dias em que eles jogaram), Bruno me contou pelo telefone várias situações e cenas que aconteceram enquanto eles jogavam e eu também me animei bastante.
Pelo visto o nosso dramaturgo oficial (Giordano) tinha bons panos pras mangas dos personagens que quisesse colocar em cena. E ele costurou bem os diálogos e chegou à reunião com diversas cenas escritas, só nos restava colocá-las em ordem e definir a encenação...
E foi aqui que o bicho pegou.
Tínhamos as cenas, mas elas pareciam não combinar entre si, em qualquer ordem que as colocássemos não funcionavam. Da primeira vez me lembrava de ter sido tão fácil organizar tudo, e agora, quando tudo seguia um mesmo caminho harmonioso, mais parecia que queríamos empurrar o camelo pelo buraco da agulha. Quebramos a cabeça tentando entender como os textos se atraiam, mas não combinavam. Até que, com certo texto, decidimos tentar um artifício que tínhamos usado posteriormente, fragmentar a cena e distribuí-la entre as outras, funcionou, e fizemos isso com algumas outras, os fragmentos das cenas intercalados começaram a fazer sentido juntos e finalmente amarramos o texto.
Apesar do tempo apertado que dispúnhamos as coisas foram encontrando seus lugares. Agora precisamos encontrar nossos próprios lugares entre as coisas.

Thaysa Zooby.

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